Na cidade de Mauá no estado de São Paulo, próximo à movimentada Avenida Washington Luiz, uma cena silenciosa e devastadora se repete: aos poucos, a natureza está sendo engolida. Dentro daquele círculo vermelho no mapa, onde ainda resiste um fragmento de área verde, o cenário é de urgência. Todos os dias, quem passa pela região – seja rumo à UPA Jardim Zaíra, ao posto de gasolina, ao comércio local ou ao ponto de ônibus – testemunha a mesma triste realidade: as árvores estão sumindo, e com elas, parte do nosso futuro.
O que há ali não é "apenas um terreno vazio". É um ecossistema que regula o clima, purifica o ar que respiramos, protege o córrego de assoreamento e abriga vida. Enquanto o semáforo muda de cor e as casas se multiplicam, o verde dá lugar ao cinza. Normalizar isso é aceitar que Mauá troque sua respiração por asfalto.
E o preço? Já sentimos na pele:
Enchentes mais frequentes (sem raízes para absorver a água, o córrego sofre);
Calor insuportável (as árvores são nossos "ar-condicionados" naturais);
Perda da identidade (que cidade queremos deixar para as próximas gerações?).
Pontos de desmatamento - Avenida Washington Luiz
Foto da área desmatada
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